quarta-feira, novembro 26, 2008

Sim, eu gosto de ouvir rock novo, gosto de indie pop sueco, gosto de Joy Division, Pixies, Jesus and Mary Chain e quase todas essas bandas que parecem ser obrigação de quem frequenta esse mundinho indie rocker/moderninho/alternativo/cool gostar. E como para me tirar de casa, o convite precisa ser para um lugar de cuja música eu goste, acabo freqüentando esse meio. A ceninha. Mas isso me cansa. Confundir gosto musical com identidade. O culto ao underground e a rejeição a tudo o que é mainstream, não importando suas qualidades. A mania de Mallu Magalhães. Só por que é uma adolescente que tem um bom gosto musical? Nem dar entrevista direito ela sabe. Tem todo jeito de criança. Suas composições são legaizinhas, mas só. Existe mais no mundo além disso!

Também tem o mundinho Letras USP. Tenho ótimos amigos, mas tem hora que a crocância (ou o pedantismo) cansa a minha beleza. E a minha beleza já é pouca, não dá pra ficar cansando assim, tão à toa. E toda a conversa gay. Não tenho preconceitos, até banco cupido de vez em quando, mas me dá licença, eu sou hétero. É no mínimo frustrante nem procurar pessoas interessantes, por que você já parte do princípio de que a pessoa gosta do mesmo que você.

Aí por um acidente de percurso eu me inscrevi nas aulas de rockabilly. Sempre gostei desse tipo de música, mas nunca tive muita coordenação para dançar. Acabou que o acidente de percurso passou, mas fiz as aulas assim mesmo. E isso me fez bem. Gente diferente. Gente que se bobear nunca ouviu falar de Klaxons, MGMT, nem qualquer banda do Tim Festival e cujo único interesse no Terra era o Offspring (tá, isso vale para amigos antigos, mas que estão distantes...). Gente que não tá nem aí pro fato de que Antônio Candido não fala do barroco na sua 'História da Literatura Brasileira'. Porque ficar falando enquanto você dança só atrapalha a respiração e faz cansar mais rápido, não é preciso ficar o tempo todo reafirmando sua personalidade através de opiniões com as referências mais obscuras possíveis para as pessoas te acharem mais legal. Você só precisa dançar. Esse final de semana foi a nossa rave-a-billy. E dançamos todos até faltarem forças para nos mantermos em pé. E todo o suor, todo o cansaço, toda a fadiga muscular, toda a dor valeram a pena. Hoje, estou uma nova pessoa.

terça-feira, novembro 11, 2008

Podem me chamar de ingênua, mas nesse mundo corrompido, eu ainda tenho princípios. Eu acredito que não é por que todo mundo faz errado, que eu também devo fazer. Eu acredito que se me incomoda a corrupção dos políticos e empresários, eu não posso ser corrupta. Se a poluição me incomoda, eu no mínimo, tenho que jogar o meu lixo no lugar certo, não largá-lo nas mesas nem pelo chão. Eu acredito que se o barulho me incomodaria, atrapalharia meu sono ou minhas aulas, é melhor tomar cuidado para que ele não incomode os outros. Eu acredito que se for para um dia mudar o mundo, tenho que começar sendo eu a mudança que eu quero ver nele. Eu acredito que nem todo fim justifica os meios, principalmente se esses meios traírem aquilo em que eu acredito.

Mais uma vez, eu acabei aceitando entrar para uma chapa e concorrer à próxima gestão do Centro Acadêmico, mas eu avisei que só entraria se fosse para jogar limpo. Ok. Aí hoje aparece gente que nem é da chapa com idéias mirabolantes, idiotas e ultrajantes de campanha. Coisa ofensiva. Coisa que se me entregassem, serviria para garantir que eu votaria em qualquer chapa, menos na que fez uma coisa daquela. E quando eu me revoltei, me exaltei, fiquei enojada mesmo, falaram que sem fazer uma coisa dessas, não vamos ganhar. Eu prefiro não ganhar. Eu prefiro perder sabendo que fui fiel às minhas idéias, a me sujar de merda para ganhar. Se é para ser igual a quem está lá, que continuem eles que já estão acostumados com a imundíce. Eu continuo com a minha integridade.

sábado, novembro 01, 2008

Z day is comming

46%

Mais estranha que a sua simpatia  © Blogger template por Emporium Digital 2008

Voltar para o TOPO