sexta-feira, outubro 24, 2008

TPM

Eu tenho fama de mau-humorada, de não gostar de ninguém, desprezar todo mundo, é até piada interna na turma da faculdade dizer que "Babi te despreza". Tudo bem, eu sou do tipo paciência zero e dou respostas atravessadas mesmo, não consigo disfarçar se não gosto de alguém (na verdade, nem tento mais). Gosto de poucas pessoas mesmo, prefiro qualidade à quantidade. Mas a verdade é que apesar disso, eu meio que tenho uma necessidade compulsiva de ajudar as pessoas e uma incapacidade de dizer não. Eu nem preciso gostar muito de uma pessoa para dizer sim para quase todo pedido de ajuda, isso se não for eu quem se oferece para ajudar.

Mas aí hoje, eu estou numa tpm infernal, associada ao meu aniversário, que é algo de que nunca sei se gosto ou não. Então, decidi que queria beber, combinei com a Lu de ir pra Quinta&Breja por que a grana estava curta, comprei vodka e pronto. Fui pra USP. Aí a chuva acabou com a possibilidade de ir pra Quinta&Breja, claro. Eu desde cedo perguntando o que íamos fazer por que não tava afim de ficar na letras até tarde pra nada. Todo mundo: "Não, nós vamos fazer alguma coisa sim" mas ninguém decidia nada. Não, ficaram jogando 'A Cidade Dorme' até onze e pouco da noite! Sim, eu até joguei algumas rodadas, mas já estava demonstrando insatisfação fazia tempo. E a Paloma tinha me pedido para usar o meu laptop quando subíssemos par ir embora, para cadastrar os chips da Oi que ela comprou e parece que só podia cadastrar até a meia noite. Na hora eu falei, "até pode, mas eu não quero ficar aqui esperando, a hora que subir, ou quero sair para algum lugar, ou vou pra casa". Frisei que não estava afim de enrolação zilhões de vezes. Onze e sei lá quanto subimos finalmente, a minha paciência já estourada há tempos, mas vamos lá né, não tive coragem de dizer que não podia usar o meu computador, depois o prazo não foi prorrogado (apesar de alguém ter ouvido no rádio que foi) e ela ficava sem a promoção... como eu disse, não sei dizer não. Eu o tempo todo demonstrando insatisfação, falei para as pessoas então, pelo menos decidirem para onde iríamos depois. Obviamente Murphy interferiu para que houvesse algum problema no cadastro e levamos quase 40 minutos nisso. 40 minutos! E ninguém nem decidiu o que fazer. Já tinha passado de 15 pra meia noite, as pessoas viram pra mim e falam: "Decide você, Babi!".

Decidi. Minha paciência já tinha estourado e não queria ver mais nenhuma daquelas pessoas na minha frente. Peguei minhas coisas e vim pra casa 'P' da vida, revoltada por estar em casa e não bebendo com os amigos, mas eu me conheço o bastante para saber que no estado de ódio em que me encontrava (agora estou escrevendo assim por que já diminuiu um bocado) não ia conseguir me divertir: ia achar tudo um saco, tudo o que as pessoas falassem ia me irritar e eu ia acabar perdendo algum dos poucos amigos que tenho. Isso se já não perdi, por que eles ficaram todos com cara de ofendidos quando eu disse que vinha embora.

As pessoas não entendem que quando eu faço isso, não é para o meu bem, é para o delas. Corria muito o risco de eu matar alguém e dizer que foi insanidade temporária causada pela TPM. Ainda corria o risco era do médico que fosse me examinar descobrir vários outros distúrbios psicológicos e me internar de uma vez.

Sério, eu aviso que estou de mau-humor e ainda vêm testar minha paciência? Morre!

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