E de repente, assim, meio sem querer eu me pego pensando que eu poderia me apaixonar por ele e que isso não seria assim uma má idéia.
Há tempos eu cheguei à conclusão de que relacionamentos não são para mim e que eu estou muito bem sozinha. E estou bem mesmo, não é mais uma dessas coisas que nos dizemos todos os dias para tentar nos convencer de que são verdade. Acho que demorei tanto pra conseguir me sentir bem comigo mesma, que já procuro logo motivos para rejeitar qualquer pessoa que possa atrapalhar essa ordem.
Na verdade, fazia muito tempo que não me interessava de verdade por alguém. Ou melhor, teve o Chris, mas ele não conta, por que para alguém que tem fobia de relacionamentos, se interessar por alguém que mora do outro lado do oceano faz todo o sentido do mundo.
Dessa vez não. De maneira totalmente inesperada ele me ofereceu um chocolate quente. E nós conversamos e conversamos e conversamos mais um pouco. E eu me surpreendo e me interesso pelas besteiras, pelas pequenas coincidências. A opinião sobre um filme. Um prato preferido. Jogos de computador. Eu decidi que queria me arriscar e deixar alguém entrar na minha vida na hora que ele disse que gosta de pipoca quase o mesmo tanto que de chocolate meio amargo. E conversamos sobre tanta coisa e sobre nada e falamos de filmes de zumbis e sobre o quanto é divertido andar por supermercados. E ele me ofereceu Altoids.
Tudo isso enquanto eu procuro desesperadamente por motivos para não gostar dele, para achar que ele não atende aos meus critérios especialmente desenvolvidos para manter as pessoas afastadas. Mal sabia ele que cada palavra sua foi meticulosamente analisada em busca de qualquer coisa que me fizesse dizer "Nem, não dá nem pra pensar em gostar de alguém que gosta disso/faz isso/fala uma coisa dessas/frequenta um lugar desses". Por que a verdade é que sim, eu construo mesmo um milhão de barreiras ao meu redor, critico tudo o que posso, na tentativa de manter as pessoas distantes. O problema é que apesar de muito procurar, eu ainda não encontrei nada até o momento.
E a cada conversa, a cada olhar eu vou me entregando mais um pouquinho enquanto procuro motivos para não fazê-lo. Acabo contando meus segredos e loucuras sem querer. E a idéia de me jogar parece cada vez mais tentatora. Por vezes até esqueço dos meus medos e me imagino junto a ele em algum evento daqui a um, dois, três meses. E isso me assusta, me deixa sem saber o que fazer. Não sei mais lidar com isso.
A verdade é que há muito tempo não me preocupava com o que a outra pessoa quer, por que tinha muita certeza do que eu queria (ou não queria) e logo deixava isso claro. Agora não. Não sei nem o meu desejo nem o dele e às vezes acho que isso vai me levar à loucura. Mas aí nos vemos e seu olhar me acalma e conforta e todo o resto perde o sentido.
Há tempos eu cheguei à conclusão de que relacionamentos não são para mim e que eu estou muito bem sozinha. E estou bem mesmo, não é mais uma dessas coisas que nos dizemos todos os dias para tentar nos convencer de que são verdade. Acho que demorei tanto pra conseguir me sentir bem comigo mesma, que já procuro logo motivos para rejeitar qualquer pessoa que possa atrapalhar essa ordem.
Na verdade, fazia muito tempo que não me interessava de verdade por alguém. Ou melhor, teve o Chris, mas ele não conta, por que para alguém que tem fobia de relacionamentos, se interessar por alguém que mora do outro lado do oceano faz todo o sentido do mundo.
Dessa vez não. De maneira totalmente inesperada ele me ofereceu um chocolate quente. E nós conversamos e conversamos e conversamos mais um pouco. E eu me surpreendo e me interesso pelas besteiras, pelas pequenas coincidências. A opinião sobre um filme. Um prato preferido. Jogos de computador. Eu decidi que queria me arriscar e deixar alguém entrar na minha vida na hora que ele disse que gosta de pipoca quase o mesmo tanto que de chocolate meio amargo. E conversamos sobre tanta coisa e sobre nada e falamos de filmes de zumbis e sobre o quanto é divertido andar por supermercados. E ele me ofereceu Altoids.
Tudo isso enquanto eu procuro desesperadamente por motivos para não gostar dele, para achar que ele não atende aos meus critérios especialmente desenvolvidos para manter as pessoas afastadas. Mal sabia ele que cada palavra sua foi meticulosamente analisada em busca de qualquer coisa que me fizesse dizer "Nem, não dá nem pra pensar em gostar de alguém que gosta disso/faz isso/fala uma coisa dessas/frequenta um lugar desses". Por que a verdade é que sim, eu construo mesmo um milhão de barreiras ao meu redor, critico tudo o que posso, na tentativa de manter as pessoas distantes. O problema é que apesar de muito procurar, eu ainda não encontrei nada até o momento.
E a cada conversa, a cada olhar eu vou me entregando mais um pouquinho enquanto procuro motivos para não fazê-lo. Acabo contando meus segredos e loucuras sem querer. E a idéia de me jogar parece cada vez mais tentatora. Por vezes até esqueço dos meus medos e me imagino junto a ele em algum evento daqui a um, dois, três meses. E isso me assusta, me deixa sem saber o que fazer. Não sei mais lidar com isso.
A verdade é que há muito tempo não me preocupava com o que a outra pessoa quer, por que tinha muita certeza do que eu queria (ou não queria) e logo deixava isso claro. Agora não. Não sei nem o meu desejo nem o dele e às vezes acho que isso vai me levar à loucura. Mas aí nos vemos e seu olhar me acalma e conforta e todo o resto perde o sentido.
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