quarta-feira, novembro 26, 2008

Sim, eu gosto de ouvir rock novo, gosto de indie pop sueco, gosto de Joy Division, Pixies, Jesus and Mary Chain e quase todas essas bandas que parecem ser obrigação de quem frequenta esse mundinho indie rocker/moderninho/alternativo/cool gostar. E como para me tirar de casa, o convite precisa ser para um lugar de cuja música eu goste, acabo freqüentando esse meio. A ceninha. Mas isso me cansa. Confundir gosto musical com identidade. O culto ao underground e a rejeição a tudo o que é mainstream, não importando suas qualidades. A mania de Mallu Magalhães. Só por que é uma adolescente que tem um bom gosto musical? Nem dar entrevista direito ela sabe. Tem todo jeito de criança. Suas composições são legaizinhas, mas só. Existe mais no mundo além disso!

Também tem o mundinho Letras USP. Tenho ótimos amigos, mas tem hora que a crocância (ou o pedantismo) cansa a minha beleza. E a minha beleza já é pouca, não dá pra ficar cansando assim, tão à toa. E toda a conversa gay. Não tenho preconceitos, até banco cupido de vez em quando, mas me dá licença, eu sou hétero. É no mínimo frustrante nem procurar pessoas interessantes, por que você já parte do princípio de que a pessoa gosta do mesmo que você.

Aí por um acidente de percurso eu me inscrevi nas aulas de rockabilly. Sempre gostei desse tipo de música, mas nunca tive muita coordenação para dançar. Acabou que o acidente de percurso passou, mas fiz as aulas assim mesmo. E isso me fez bem. Gente diferente. Gente que se bobear nunca ouviu falar de Klaxons, MGMT, nem qualquer banda do Tim Festival e cujo único interesse no Terra era o Offspring (tá, isso vale para amigos antigos, mas que estão distantes...). Gente que não tá nem aí pro fato de que Antônio Candido não fala do barroco na sua 'História da Literatura Brasileira'. Porque ficar falando enquanto você dança só atrapalha a respiração e faz cansar mais rápido, não é preciso ficar o tempo todo reafirmando sua personalidade através de opiniões com as referências mais obscuras possíveis para as pessoas te acharem mais legal. Você só precisa dançar. Esse final de semana foi a nossa rave-a-billy. E dançamos todos até faltarem forças para nos mantermos em pé. E todo o suor, todo o cansaço, toda a fadiga muscular, toda a dor valeram a pena. Hoje, estou uma nova pessoa.

terça-feira, novembro 11, 2008

Podem me chamar de ingênua, mas nesse mundo corrompido, eu ainda tenho princípios. Eu acredito que não é por que todo mundo faz errado, que eu também devo fazer. Eu acredito que se me incomoda a corrupção dos políticos e empresários, eu não posso ser corrupta. Se a poluição me incomoda, eu no mínimo, tenho que jogar o meu lixo no lugar certo, não largá-lo nas mesas nem pelo chão. Eu acredito que se o barulho me incomodaria, atrapalharia meu sono ou minhas aulas, é melhor tomar cuidado para que ele não incomode os outros. Eu acredito que se for para um dia mudar o mundo, tenho que começar sendo eu a mudança que eu quero ver nele. Eu acredito que nem todo fim justifica os meios, principalmente se esses meios traírem aquilo em que eu acredito.

Mais uma vez, eu acabei aceitando entrar para uma chapa e concorrer à próxima gestão do Centro Acadêmico, mas eu avisei que só entraria se fosse para jogar limpo. Ok. Aí hoje aparece gente que nem é da chapa com idéias mirabolantes, idiotas e ultrajantes de campanha. Coisa ofensiva. Coisa que se me entregassem, serviria para garantir que eu votaria em qualquer chapa, menos na que fez uma coisa daquela. E quando eu me revoltei, me exaltei, fiquei enojada mesmo, falaram que sem fazer uma coisa dessas, não vamos ganhar. Eu prefiro não ganhar. Eu prefiro perder sabendo que fui fiel às minhas idéias, a me sujar de merda para ganhar. Se é para ser igual a quem está lá, que continuem eles que já estão acostumados com a imundíce. Eu continuo com a minha integridade.

sábado, novembro 01, 2008

Z day is comming

46%

sexta-feira, outubro 24, 2008

TPM

Eu tenho fama de mau-humorada, de não gostar de ninguém, desprezar todo mundo, é até piada interna na turma da faculdade dizer que "Babi te despreza". Tudo bem, eu sou do tipo paciência zero e dou respostas atravessadas mesmo, não consigo disfarçar se não gosto de alguém (na verdade, nem tento mais). Gosto de poucas pessoas mesmo, prefiro qualidade à quantidade. Mas a verdade é que apesar disso, eu meio que tenho uma necessidade compulsiva de ajudar as pessoas e uma incapacidade de dizer não. Eu nem preciso gostar muito de uma pessoa para dizer sim para quase todo pedido de ajuda, isso se não for eu quem se oferece para ajudar.

Mas aí hoje, eu estou numa tpm infernal, associada ao meu aniversário, que é algo de que nunca sei se gosto ou não. Então, decidi que queria beber, combinei com a Lu de ir pra Quinta&Breja por que a grana estava curta, comprei vodka e pronto. Fui pra USP. Aí a chuva acabou com a possibilidade de ir pra Quinta&Breja, claro. Eu desde cedo perguntando o que íamos fazer por que não tava afim de ficar na letras até tarde pra nada. Todo mundo: "Não, nós vamos fazer alguma coisa sim" mas ninguém decidia nada. Não, ficaram jogando 'A Cidade Dorme' até onze e pouco da noite! Sim, eu até joguei algumas rodadas, mas já estava demonstrando insatisfação fazia tempo. E a Paloma tinha me pedido para usar o meu laptop quando subíssemos par ir embora, para cadastrar os chips da Oi que ela comprou e parece que só podia cadastrar até a meia noite. Na hora eu falei, "até pode, mas eu não quero ficar aqui esperando, a hora que subir, ou quero sair para algum lugar, ou vou pra casa". Frisei que não estava afim de enrolação zilhões de vezes. Onze e sei lá quanto subimos finalmente, a minha paciência já estourada há tempos, mas vamos lá né, não tive coragem de dizer que não podia usar o meu computador, depois o prazo não foi prorrogado (apesar de alguém ter ouvido no rádio que foi) e ela ficava sem a promoção... como eu disse, não sei dizer não. Eu o tempo todo demonstrando insatisfação, falei para as pessoas então, pelo menos decidirem para onde iríamos depois. Obviamente Murphy interferiu para que houvesse algum problema no cadastro e levamos quase 40 minutos nisso. 40 minutos! E ninguém nem decidiu o que fazer. Já tinha passado de 15 pra meia noite, as pessoas viram pra mim e falam: "Decide você, Babi!".

Decidi. Minha paciência já tinha estourado e não queria ver mais nenhuma daquelas pessoas na minha frente. Peguei minhas coisas e vim pra casa 'P' da vida, revoltada por estar em casa e não bebendo com os amigos, mas eu me conheço o bastante para saber que no estado de ódio em que me encontrava (agora estou escrevendo assim por que já diminuiu um bocado) não ia conseguir me divertir: ia achar tudo um saco, tudo o que as pessoas falassem ia me irritar e eu ia acabar perdendo algum dos poucos amigos que tenho. Isso se já não perdi, por que eles ficaram todos com cara de ofendidos quando eu disse que vinha embora.

As pessoas não entendem que quando eu faço isso, não é para o meu bem, é para o delas. Corria muito o risco de eu matar alguém e dizer que foi insanidade temporária causada pela TPM. Ainda corria o risco era do médico que fosse me examinar descobrir vários outros distúrbios psicológicos e me internar de uma vez.

Sério, eu aviso que estou de mau-humor e ainda vêm testar minha paciência? Morre!

quinta-feira, outubro 16, 2008

Você é uma mulher moderna e independente. Sabe se virar sozinha: troca lâmpada, pneu do carro, chuveiro, resolve sozinha quase qualquer problema no seu computador... precisando, até sabe usar uma furadeira para fixar alguma coisa na parede, só não tem uma...
Então um dia você sai da faculdade, passa no supermercado e faz as compras para o jantar. Já em casa, você precisa abrir o vidro do molho italiano cheio de frescuras que comprou para a sua massa, mas simplesmente não consegue. Já tentou segurar em todas as posições possíveis, usar diferentes panos para segurar e nada. Seu pai está dormindo e você já está pensando em trocar de roupa e pedir que o porteiro abra para você, sentindo-se totalmente incapaz, quando de repente você ouve o barulho da água fervendo na panela na qual você ia cozinhar a massa. Só resta agradecer pela dilatação diferenciada dos materiais.

Dr. House: I like you better now that you're dying.
Thirteen: I was wrong.
Dr. House: You took a shot.
Thirteen: She's going back to work fot that idiot. It's pathetic.
Sr. House: You thought something would change?
Thisteen: She almost died. Because of that job. Yeah... I I I thought...
Dr. House: Almost dying changes nothing. Dying changes everything.

Ele sempre acerta.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Hoje na hora do almoço eu estava com muito frio e acabei me deitando e me escondendo debaixo das cobertas. Liguei a TV e estava passando Lado a Lado com a Susan Sarandon e a Julia Roberts. Esses filmes de pessoas doentes sempre me fazem pensar que deve haver algo de muito errado comigo.
Nos filmes as pessoas descobrem um novo sentido para suas vidas, passam a aproveitá-las muito mais, redescobrem a sua fé e coisas do gênero. Eu não. Não mudou nada em mim. Pelo menos nada significativo.
Eu lembro que quando tive a minha primeira pneumonia e não estava respondendo aos antibióticos e a médica veio pedir minha autorização para fazer exame de HIV quando eu tentava pensar no que fazer se o exame desse positivo, por mais absurda que essa hipótese me parecesse, era estar novamente num quarto de hospital, com alguém me dando mais injeções. Eu tenho pavor, pânico de agulhas. Por isso não tenho piercings e tatuagens. Como ninguém apareceu para me dar o resultado do exame, eu obviamente já pensei que devia ter dado positivo e estava refazendo para confirmar o resultado. Nesse ponto, meu pensamento já era, 'o AZT pelo menos é via oral, né?' Vários dias depois, numa conversa sobre o curso de tratamento da minha pneumonia ela mencionou alguma coisa sobre eu ser 'jovem, sadia, HIV-negativa...'
Tudo bem, não era nada, só uma pneumonia que murchou metade do meu pulmão esquerdo, mas pouco mais de uma semana depois me deixaram voltar pra casa.
Seis meses depois, quando descobri que o pulmão não tinha voltado ao normal, e que a causa de tudo era um tumor, aí sim eu pirei. Ou melhor, antes mesmo da broncoscopia localizar o tumor, só do médico falar que provavelmente era um tumor eu já estava enlouquecendo. E mais uma vez, o problema não é que eu podia ter câncer, o meu pensamento já estava na quimioterapia, que geralmente é endovenosa, e como a medicação é muito forte vai enrijecendo as veias e vai ficando cada vez mais difícil pegar uma veia, aí tem que pegar as de calibre maior, que exigem agulhas ainda maiores... Não!!!! Agulhas, não!!!
O tumor estava lá, mas não deu pra fazer biópsia, por que sangrou demais e o sangue ainda ficou preso no pulmão e me causou um abcesso pulmonar. Um mês internada tomando antibiótico endovenoso. Olha, nos dias em que não tinha que trocar o acesso venoso nem colher sangue para algum exame, eu nem ligava tanto para o tumor e para a notícia de que pelo menos metade do meu pulmão esquerdo teria que ser retirada junto com ele. O que me incomodava era o tédio, a falta do que fazer...
Na época da cirurgia, uma coisa que eu acho que nem comentei com muita gente, é que o médico estava receoso de que, por causa da localização do tumor, tivesse que abrir o pericárdio, e isso aumentaria muito o risco da cirurgia. Mais uma vez, meu medo eram as agulhadas e não o resultado de alguma eventual complicação. Mentira, o meu maior pesadelo era acordar entubada e retirarem aquele tubo comigo acordada igual nas cenas de filmes e seriados... Era isso que me mantinha acordada à noite.
Correu tudo bem e cá estou eu, com um pulmão à menos, mas se não fosse a cicatriz entre minhas costelas, eu poderia até esquecer disso. Na verdade a falta de pulmão só serve para me permitir pedir para as pessoas fumarem longe de mim, abanar a fumaça do cigarro sem constrangimento. Na minha turma de amigos, fazemos até piada com isso. "A intensidade da fala está relacionada ao volume dos pulmões... ah, então é por isso que a Babi fala tão baixo!"
E o tumor era maligno, baixo grau de malignidade, mas tinha metástase no linfonodo do hilo pulmonar (se não me engano). Não era câncer, não tive que fazer quimio nem radio, nem nada. Retiraram tudo e pronto. Claro, sempre existe a possibilidade de que volte. Mas eu só lembro disso quando vejo alguma coisa sobre tumores, câncers, filmes de doentes terminais...
Enfim, o ponto é que eu sobrevivi e isso não mudou a minha vida. Eu não vejo o mundo de uma maneira diferente da que eu via antes. Não aproveito mais, nem vivo de maneira mais intensa. Nada disso.
Até meu pai, que adora dizer que é ateu, quis rezar para que desse tudo certo, para que eu me curasse. Eu? Em momento algum tive qualquer ímpeto nesse sentido. Há muito tempo eu me considero agnóstica, mas sempre achei que em algum momento de crise, iria querer barganhar com Deus, e isso não aconteceu. Se isso tudo mudou alguma coisa em mim, foi isso, me fez ver que eu não acredito mesmo. Se algum dia eu acreditei de verdade, essa chama já tinha se apagado há tanto tempo que não restava mais nem uma brasa que pudesse reinflamar.

domingo, outubro 05, 2008

Cada vez mais eu sou consumida pela música. Adoro descobrir novas bandas, adoro ouvir música, adoro ler sobre música.
Acho que já escrevi sobre isso aqui, mas não deixo de me surpreender com isso. Até uns anos atrás, música para mim era meramente trilha sonora, algo que estava lá enquanto eu fazia alguma outra coisa. Acho que foi quando eu mudei pra cá que isso realmente mudou. De repente eu passei a precisar de música para viver.
O estranho, e na verdade triste, é que a música ocupou parte do espaço do cinema na minha vida. Desde que vim para cá eu parei de ir ao cinema. Assim, fui a vários noitões e tal, mas em 2005 por exemplo, eu fui ao cinema mais de 80 vezes. Apesar de aqui haver muito mais opções, devo ir no máximo umas 20 vezes num ano...

quinta-feira, outubro 02, 2008

A vinda inteira me taxaram de nerd. Nunca precisei nem abrir a boca no colégio, nem fazer prova, olhavam para a minha cara e já rotulavam. Na adolescência isso me incomodou muito. Depois eu abracei o rótulo e assumi o meu nerd pride mesmo. Apesar de gostar mais de geek que nerd. Geek é mais bonitinho, mas usar a palavra geek já denota alguma geekness. Já me assustei muito ao dizer geek e não ser compreendida. Tudo isso para ontem, enquanto combinava com uma amiga de dar uma olhada no computador dela e discutia emulação de cds protegidos contra cópia, ouvir "Ah, mas a Babi não tem cara de nerd"!

Oh, Lord! What shall I call myself now?

Será que tá na hora de arrumar um novo rótulo? hehehe Sempre existe também a possibilidade de comprar óculos com lentes de vidro, só pra aparentar um pouco a minha nerdice...

(Se alguém porventura não sacou devido à falta de elementos extra-lingüísticos, isso foi uma ironia.)

sábado, setembro 27, 2008

Mesmo não usando, até a Dé tem um Twitter. Resolvi dar uma chance pro brinquedo.

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Estava pensando nos momentos que tornariam a história da minha vida um filme pastelão, quando contada. Há algumas cenas memoráveis. Mesmo.
Acho que o segundo ano do ensino médio foi deveras marcante para as desilusões "amorosas". Teve tipo o cara que eu fiquei nas férias (pasmem, na praia), insistiu até para que eu ao invés de ir pra Diamantina com minha família no carnaval, viajasse com a turma de amigos para outro lugar, por que se eu não fosse ele nem ia. Ele não era de BH e eu acabei indo encontrar com ele. Cheguei lá, ele não quis saber de mim e ficou com a prima da dona da casa.
Depois, pouco antes da semana santa, encontrei um ex-aluno do colégio que ia ser educador em Itaici e ficamos. Foi no meio da semana. Sexta ele me ligou chamando pra sair, eu já tinha combinado outro programa com minhas amigas e não fui. Segunda, reunião de preparação para Itaici (o mocinho só iria na reunião de 4ª), uma menina que eu mal conhecia e que não sabia que eu tinha ficado com o mocinho vem me perguntar se eu sabia se ele ia nas reuniões de preparação, por que ele tinha ficado com a amiga dela na sexta. Fomos todos para Itaici passar a semana santa: eu, o moço, a menina (que depois veio a ser namorada do moço, mas isso não vem ao caso) e a amiga da menina. Agradabilíssimo.
Ainda teve um outro carinha, que eu fiquei acho que na festa junina do grêmio, no último dia de aula do primeiro semestre. Saímos o mês de julho todo, várias vezes por semana e tal, tudo bonitinho e meiguinho. Uma amiga que no mesmo dia começou a namorar um dos amigos dele me contou que ele tava afim de mim tinha muito tempo e nem lembro mais o que. Saímos um dia e estava tudo certo. Uns dois dias depois eu estava no Diamond com a minha amiga, o namorado dela e mais alguns caras da turma do namorado e do mocinho. O mocinho tava no shopping, passou na mesa, cumprimetou a todas as pessoas menos a mim. Todo mundo ficou olhando com cara de susto, de "O que foi isso?" e até hoje eu não sei o que aconteceu. Looser.
Foi também no segundo ano que eu conheci a Dé (na fatídica reunião de preparação para Itaicí) e começamos a conversar por que decorávamos trechos de peças de Shakespeare em inglês. Como isso não era geek o suficiente, nós recitávamos o prólogo de Romeu e Julieta em inglês a toda hora, quisessem as pessoas ouvir ou não. Sério, se fosse um teen movie, seríamos do clube do audio-visual. MUITO looser.
Já na faculdade, não dá pra deixar de fora a tapirídio, que deve ter sido minha "arquiinimiga" na faculdade, antes de desistir da biologia. Ela era do tipo que falava mal de mim no laboratório onde fazíamos estágio, inventou e espalhou que eu fiz provas para uma amiga e até ao cúmulo de esbarrar em mim e jogar suas coisas no chão pra dizer que eu a tinha empurrado ela chegou. Uó.
Mas a faculdade teve muito mais: eu e o Armando indo pra aula de Biofísica (tão uó, que dos nossos amigos, só nós semestre certo), eu torci o pé sei lá como e caí no chão, mas sabe aquele cair para a frente, deitada, de cara no chão? Meus livros todos voaram e se espalharam pelo chão. Eu tenho que dizer que apesar de achar que nunca cheguei a ser afim dele (já faz tempo, não tenho mais certeza), o Armando era o único cara gatinho da minha sala. E eu caí de cara no chão na frente dele. Uma semana depois, no dia dessa mesma aula, estávamos decendo uma escada correndo, eu de sandálias de plataformas enormes, a sandália arrebentou, eu me desequilibrei, caí de joelhos e assim desci um lance de escada. Sério, na época ele deve ter achado que eu tinha algum problema de equilíbrio. As cenas só não foram mais cinematográficas por que só ele viu. Num filme, isso teria acontecido na frente de toda a faculdade e todo mundo ia rir da minha cara e eu sempre seria a menina que caiu da escada.
Minhas brigas com o Kiko também eram fantásticas, tanto por que elas tinham motivos absurdos, tipo um cara falou do personagem de Diablo dele e eu, que nunca nem joguei Diablo, não dei bola. Ele depois criou o maior caso, por que eu tinha depreciado ele. E teve a vez que eu saí da chácara da minha amiga, puta com ele, ele veio atrás me seguindo, chutou um portão e trincou um dedo do pé. Pelo menos nessa o pastelão foi com ele.
As cenas de porre eu nem conto, por que, se eu não lembro, eu não fiz. Mas envolvendo álcool, tem a vez que a Lori tava soluçando no Tudão e foi tentar curar bebendo cerveja. O Tuba pra fazer graça foi virando o copo, ela não deu conta de beber e cuspiu a cerveja. E estava bem na frente dela. Foi surreal. De verdade.
Se eu for contar tudo, esse post não acaba nunca, mas em Berlim teve uma bem pastelão também. Eu à noite no metrô pra voltar para casa. Tinha pouca gente na estação, mas não estava deserta. E estava sentada num banco esperando o metrô passar, um cara muito estranho senta no banco na outra ponta e vai se aproximando até ficar perto demais, desconfortável. Levantei e fui sentar noutro banco. Pouco depois veio o cara e fez a mesma coisa. Eu já estava sem saber o que fazer, com medo, quando chegou o trem no sentido que eu precisava. Levantei logo e fui pro trem, com medo do cara vir atrás. De repente, sinto um tapa na bunda. Um tapa na bunda!!!! Eu quis munto gritar e xingar e bater, mas só vinham coisas em português à minha mente e o cara tinha cara de louco. Entrei correndo no trem e dei graças a deus de o cara não ter entrado atrás de mim.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Se alguém ainda lê isso aqui de vez em quando, deve ter percebido que agora, em cima dos posts, tem os meus blips, e talvez esteja se perguntando o que diabos é isso. Bem, Blip.fm é o meu mais novo vício no mundo virtual. Uma mistura de Twitter (uma moda que eu ainda não tive paciência para aderir) e Last.fm. Funciona assim: você faz uma busca pela música que queira ouvir e posta na sua página, que funciona como um setlist. Você pode ou não mandar algum comentário junto, a respeito da música, do porquê de tê-la postado, etc. Qualquer pessoa que acesse o seu endereço pode ver o que você blipou e ouvir sua seleção musical (o meu é http://blip.fm/babibio) e se a pessoa tiver um perfil, pode escolher te adicionar aos seus djs preferidos. Quando você adiciona alguém aos seus preferidos, tudo o que essa pessoa blipa aparece para você na sua página inicial.
No javascriptzinho aí em cima, qualquer pessoa que passe por aqui tem a chance de ouvir as dez últimas músicas que eu blipei. Continua aí ao lado a possibilidade também de ouvir a rádio da Last.fm baseada na minha biblioteca, ou seja, tudo o que eu ouço e o audioscrobbler manda pra lá. O Blip.fm manda o que eu ouço pra lá também, então podem começar a aparecer artistar diferentes na minha biblioteca, aqueles que ouvi por que alguém blipou. Pelo menos deve ficar um pouco mais variado.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Nossa, eu estava com tantas coisas na cabeça esses dias que nem escrevi sobre o show das Plasticines no Vegas semana passada. Depois da prova de Língua Alemã IV: Produção e Recepção de Texto passei na Quinta&Breja pra comer tapioca e acabei conseguindo gente pra ir pro show comigo. Foi uma pena que foi curtinho, mas foi muito foda. Elas cantando Loser e These Boots Are Made For Walking no Vegas lotado, todo mundo se espremendo para vê-las. A casa ferveu. Depois ainda dancei o quanto dei conta e cheguei em casa um bagaço. Me deu até vontade de ir ao Orloff Five só pra ver mais, mas o bolso falou mais alto e não fui. O que foi até bom, por que eu li que no festival o show delas foi mais ou menos. E só o Hives não valeria para mim o preço do ingresso.
Para quem não conhece:

terça-feira, setembro 09, 2008

Eu peguei tudo o que estava sentindo, tudo o que aconteceu e transformei numa história. Não de como as coisas foram, mas de como devia ter sido num filme. Há muito tempo eu não conseguia escrever nada, e provavelmente nem ficou bom. Ainda não reli, nem revisei. Mas escrever acalmou as coisas dentro de mim. Estou mais leve e menos sufocada hoje. Não é que não há mais nada que eu precise dizer, nem que eu não precise mais de explicações, mas o meu grande problema é a minha própria mente. Ela cria os monstros e demônios que me assombram. Escrever colocou os pensamentos em ordem e espantou alguns dos demônios e mostrou que outros pareciam grandes, mas era só efeito da pouca iluminação.

domingo, setembro 07, 2008

Nos últimos dias meu humor tem alterado entre estados de profunda tristeza e estados de um tremendo ódio. Há também momentos em que não sinto nada de mais, mas estes, infelizmente são raros.


Mas eu preciso de uma explicação, por que nada disso faz sentido na minha cabeça.


E eu precisava muito de alguém com quem conversar, mas como sempre, estou sozinha.

quinta-feira, setembro 04, 2008

A cada dia que passa eu tenho mais certeza de que eu sou a Celine.


Celine: I was fine. Until I read your fucking book! It stirred shit up, you know. It reminded me how... genuinely romantic I was, how I had so much hope in things and... now it's like... I don't believe in anything that relates to love, I don't feel things for people anymore. In a way... I put all my romanticism into that one night and I was never able to feel all this again. Like... somehow this night took things away from me and... I expressed them to you and you took them with you! It made me feel cold, like if love wasn't for me!

Jesse: I... I don't believe that. I don't believe that.

Celine: You know what? Reality and love are almost contradictory for me. It's funny... Every single of my ex-es... they're now married! Man go out with me, we break up, and then they get married! And later they call me to thank me for teaching them what love is, and... that I taught them to care and respect women!

Jesse: I think I'm one of those guys.

Celine: You know, I want to kill them! Why didn't they ask me to marry them? I would have said "No", but at least they could have asked!!! But it's my fault, I know that it's my fault, because... I never felt it was the right man. Never! But what does it mean the right man? The love of your life? The concept is absurd, the idea that we can only be complete with another person is... EVIL! Right?

Jesse: Can I talk?

Celine: You know, I guess I've been heart broken too many times. And then I recovered.So now, you know, from the starts, I make no effort.

sábado, agosto 30, 2008

Pra me sentir sozinha assim, era melhor achar uma cabana isolada do mundo ou uma caverna ou um buraco debaixo da terra e mudar pra lá. Virar uma eremita. Eu nunca soube lidar com pessoas mesmo.



Onde será que eu encontro um lugar longe de pessoas, sem janelas e com banda larga? Traduções eu posso fazer longe do mundo, todas as minhas compras eu posso fazer pela internet e não precisaria nunca mais sair de casa nem ver ninguém.

sábado, agosto 23, 2008

Meu humor não andava muito bom esses dias, sabe quando você fica de saco cheio de tudo?

Aí cheguei ontem pra minha aula de Cultura e Civilização dos Países de Língua Alemã. Fui até a sala 103, que estava vazia. No quadro estava escrito que a aula era na 264. Lá fui eu então pra 264, que estava trancada. Encontrei uma outra menina que também procurava a aula. Fomos até o departamento de línguas modernas e à seção de alunos e, obviamente, ninguém sabia onde diabos era a aula. Depois de muito procurar a sala, encontrei um colega que também faz essa optativa e que disse que a aula ontem seria no Goethe Institut. Bom, mesmo que eu tivesse sabido disso antes, não teria como voltar do Goethe pra segunda aula, mas a essa altura do campeonato, já dá pra imaginar como estava meu humor.

Aí veio a aula de Introdução à Língua e Cultura Norueguesa e tudo mudou. Sério, a aula foi foda. Até imitar um troll comedor de cristãos o Francis imitou. As pessoas se surpreendem quando eu falo isso, mas a sala é lotada. Não só todos os alunos matriculados, mas um tanto de gente que pediu pro Francis incluir, por que não conseguiu vaga na matrícula. Tinha um cara que gargalhava na aula. Saí de lá me sentindo muito mais calma e leve.

sexta-feira, agosto 22, 2008

Meu cérebro faz conexões bizarras em momentos aleatórios.


Um dia em Berlim eu saí com um mocinho suíço. Como eu não falo francês e ele não fala português, conversamos em alemão. Conseguimos conversar durante um bom tempo e tal, mas ele sempre acabava falando umas coisas que eu era incapaz de entender.

(...)

Essa semana, eu de repente olho pro meu creme para as mãos que comprei em Berlim. Vejo o escrito "Feuchtigkeitsformel" (fórmula hidratante) e de repente lembro que por algum motivo, uma hora eu falei com o mocinho alguma coisa sobre umidade, nem lembro mais o que era. Só lembro que a única palavra que me ocorreu no momento foi "nass" (molhado) e que ele entendeu o que eu quis dizer e falou uma palavra "x" que deveria significar úmido, mas eu não consegui reconhecer a palavra. Eu já tinha lido o "Feuchtigkeitsformel" várias vezes, mas se sabe lá por que, dessa vez me veio uma luz: "Ele falou feucht"! Em tempo, o grande problema é que os falantes de francês que conheci em Berlim tinham uma tendência a ignorar a pronúncia das palavras em alemão e falá-las como se fossem francesas. A palavra que deveria ser um "fóicht", o mocinho falava "feu" (em alemão "eu" representa o ditongo aberto 'ói', mas o moço falava o 'e' arredondado que essas letras representam no francês").

quarta-feira, agosto 20, 2008

Tédio.



Só sei que eu queria muito ser chaotic evil neste momento. Eu até tenho potencial para lawful evil, fico maquinando tudo aqui com meus botões (ou seriam meus zíperes?), vinganças e planos mirabolantemente maquiavélicos. Mas a verdade é que por mais que me doa admitir, sou neutral good.

terça-feira, agosto 19, 2008

E de repente, assim, meio sem querer eu me pego pensando que eu poderia me apaixonar por ele e que isso não seria assim uma má idéia.
Há tempos eu cheguei à conclusão de que relacionamentos não são para mim e que eu estou muito bem sozinha. E estou bem mesmo, não é mais uma dessas coisas que nos dizemos todos os dias para tentar nos convencer de que são verdade. Acho que demorei tanto pra conseguir me sentir bem comigo mesma, que já procuro logo motivos para rejeitar qualquer pessoa que possa atrapalhar essa ordem.
Na verdade, fazia muito tempo que não me interessava de verdade por alguém. Ou melhor, teve o Chris, mas ele não conta, por que para alguém que tem fobia de relacionamentos, se interessar por alguém que mora do outro lado do oceano faz todo o sentido do mundo.
Dessa vez não. De maneira totalmente inesperada ele me ofereceu um chocolate quente. E nós conversamos e conversamos e conversamos mais um pouco. E eu me surpreendo e me interesso pelas besteiras, pelas pequenas coincidências. A opinião sobre um filme. Um prato preferido. Jogos de computador. Eu decidi que queria me arriscar e deixar alguém entrar na minha vida na hora que ele disse que gosta de pipoca quase o mesmo tanto que de chocolate meio amargo. E conversamos sobre tanta coisa e sobre nada e falamos de filmes de zumbis e sobre o quanto é divertido andar por supermercados. E ele me ofereceu Altoids.
Tudo isso enquanto eu procuro desesperadamente por motivos para não gostar dele, para achar que ele não atende aos meus critérios especialmente desenvolvidos para manter as pessoas afastadas. Mal sabia ele que cada palavra sua foi meticulosamente analisada em busca de qualquer coisa que me fizesse dizer "Nem, não dá nem pra pensar em gostar de alguém que gosta disso/faz isso/fala uma coisa dessas/frequenta um lugar desses". Por que a verdade é que sim, eu construo mesmo um milhão de barreiras ao meu redor, critico tudo o que posso, na tentativa de manter as pessoas distantes. O problema é que apesar de muito procurar, eu ainda não encontrei nada até o momento.
E a cada conversa, a cada olhar eu vou me entregando mais um pouquinho enquanto procuro motivos para não fazê-lo. Acabo contando meus segredos e loucuras sem querer. E a idéia de me jogar parece cada vez mais tentatora. Por vezes até esqueço dos meus medos e me imagino junto a ele em algum evento daqui a um, dois, três meses. E isso me assusta, me deixa sem saber o que fazer. Não sei mais lidar com isso.
A verdade é que há muito tempo não me preocupava com o que a outra pessoa quer, por que tinha muita certeza do que eu queria (ou não queria) e logo deixava isso claro. Agora não. Não sei nem o meu desejo nem o dele e às vezes acho que isso vai me levar à loucura. Mas aí nos vemos e seu olhar me acalma e conforta e todo o resto perde o sentido.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Bom, segundo o Lúcio Ribeiro, vampiros voltaram a ser hype. Para mim, eles nunca deixaram de ser.
Como esse blog é tendência, além é claro, de utilidade pública, o Self-Defense Against Vampires está linkado aí ao lado há muito tempo. É sempre bom se precaver.


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Dos shows desse semestre, aguardo ansiosamente o Shout Out Louds e Peter Bjorn & John, que vêm em Setembro para a Invasão Sueca desse ano. Perdi o Suburban Kids With Biblical Names ano passado, mas a desse ano, não perco por nada.

Além disso, tem o Planeta Terra, com Jesus and Mary Chain, Breeders, Bloc Party, Kaiser Chiefs, Foals...

O Tim Festival ainda não anunciou nenhuma atração que me anime a ir.

E tem o tal do Orloff Five que traz The Hives e Plasticines. Nesse, eu ainda não decidi se vou ou não, como a grana tá curta, talvez eu só passe no Vegas, no dia que rola show só das Plasticines.

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Eu e minhas frases no MSN. É engraçado que eu geralmente coloco trechos de músicas ou que tenham a ver com o que eu estou sentindo, ou simplesmente que eu andei ouvindo muito. Às vezes alguém comenta, mas geralmente ninguém nem fala nada. E o propósito dessas frases não é gerar comentários mesmo. Só achei graça que hoje que eu coloquei "We know a place where no ships go", de No Cars Go, do Arcade Fire várias pessoas vieram comentar. Logo essa que eu não achei que tinha nada de mais. Ontem por exemplo estava lá "And all of that time you thought I was sad I was trying to remeber your name", de Your Ex-Lover Is Dead, do Stars, que eu acho muito mais comentável, ninguém nem falou nada. Mas meus pensamentos costumam seguir uma linha de raciocínio completamente diferente da da maioria das pessoas.

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E este post foi escrito ao som de X-Wife, um grpo de electropunk de Portugal.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Bem que sempre me perguntam se eu sou oriental

MyHeritage: Celebrity Collage - Familia arvore genealogica - Sua arvore genealogica

domingo, agosto 10, 2008

Ainda não acredito no que aconteceu, mas foi bom.
Às vezes eu me surpreendo com minhas atitudes.
Mas chocolate tem que ser amargo.

sábado, agosto 09, 2008

Eu queria escrever alguma coisa, mas me falta assunto.
Pensei em um bocado de coisas para escrever, mas demorei de mais e esqueci. O que não esqueci, perdi o momento certo de postar.

terça-feira, agosto 05, 2008

Aulas de alemão me fazem bem. Cheguei em casa me sentindo feliz. Alemão faz tão bem que eu, que sofro se insônia crônica, estou desde a meia noite lutando contra o sono, por que estou no sofá e cama está longe...




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E a minha professora de conversação é alemã, veio passar um ano aqui no Brasil. Lá, ela mora em Berlim, em Prezlauerberg. Prezlauerberg é o bairro mais legal de se morar em Berlim. Não bastasse isso, o Daniel Brühl mora na rua dela, e ela já o viu no supermercado várias vezes. Será que ela não me recebe na casa dela quando voltar pra lá?
Sério, eu, que nunca lembro dos meus sonhos, noite passada tive um sonho meio bizarro, eu estava em São Paulo, mas a cidade era Berlim, e eu encontrei com ele numa balada, mas nós conversávamos em espanhol... Aí eu chego na aula de manhã, começamos a falar de filmes, claro que os primeiros filmes que vieram na minha cabeça foram Edukators e Adeus, Lênin. A professora fala, "ah ele é meu vizinho em Berlim".
Eu vou fingir que isso foi um sinal. Por que por mais que eu não acredite nisso, a vida fica muito mais divertida quando pensamos que as coincidências têm algum significado.

sábado, agosto 02, 2008

Eu ando numa fase indie pop da minha vida. Ainda mais se for indie pop sueco. Não perco a invasão sueca desse ano por nada.

Pronto. I've jinxed it.


E numa história não relacionada: Muse ao vivo é melhor que no cd.

sábado, junho 28, 2008

Mundo Caduco



A polêmica da SP Fashion Week esse ano foi a tal da modelo tcheca, que desfilou um biquíni, acima do peso. Li comentários chamando a mulher de obesa e dizendo que foi um absurdo ela desfilar daquele jeito, que ela estava cheia de celulites e sei lá mais o que. Outros logo surgiram em defesa dizendo que não, que celulite é uma coisa normal na mulher e que todo mundo critica o padrão de beleza anoréxico da moda, mas que quando aparece uma modelo saudável todo mundo reclama e sei lá mais o que.
Causas à parte, dizer que a modelo estava obesa é no mínimo um absurdo, apesar da barriga saliente e umas gordurinhas nas costas, a mulher é magra. Muito mais que eu jamais tive pretensão de ser, mas eu não desfilo biquíni e não pisaria quase sem roupa numa passarela, com aquela barriga.
E sim, meu padrão de beleza muito provavelmente está atrelado ao que a mídia e as indústrias de moda divulgam por aí, por mais que eu goste de tentar me convencer de que sou dona da minha própria opinião. Final de semana passado fui comprar calças e o nº.que me serviu foi o 38. Na minha cabeça, usar manequim 38 sempre foi o sonho de magreza alcançável, aquela coisa que não é exagero, dá para alcançar, eu estaria na minha forma física ideal e não excessivamente magra, mas nunca me esforcei realmente para isso. Eu definitivamente não sofro de distúrbios alimentares (bom, talvez uma compulsão leve por chocolate...), mas a minha autoimagem não corresponde ao que eu esperaria de poder vestir uma calça 38. Continuo enxergando meus quadris tão grandes quanto quando eu vestia 42.
Aí eu penso: será que a modelo simplesmente tem um nível de autocrítica mais baixo que o meu e não via problema em desfilar daquele jeito ou será que a autoimagem dela simplesmente fez com que ela acreditasse estar mais magra que a realidade?

quinta-feira, abril 03, 2008

O cd do Death Cab For Cutie que está rodando na internet é falso. Merda. Eu venho esperando ansiosamente por esse disco. E o tal disco do Velveteen que foi lançado realmente é parecido com Death Cab. Coisas de internet.



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As discussões do povo do 9th Wonders sobre quem seria o nosso novo informante são muito divertidas. Eles levam as coisas a sério mesmo. Quem é o tal Evsdropr? Podemos confiar nele? Estão suspeitando de todo mundo no forum. Há até quem diga que isso é tudo uma farsa, que alguém hackeou o site da NBC e está mandando todo mundo numa wild goose chase. E de quem comenta no blog do Brian, que também deu uma sumida.



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Eu assisti durante o feriado, mas acabei não comentando. La Jetée é muito legal. Um curta francês da década de 60. Os 12 Macacos foi inspirado nesse filme. Só que o La Jetée não tem movimento. São apenas fotos e um narrador. Assistam.





Ps. Já ouviram os covers do NME 2008? Tem coisas muito inusitadas como Manic Street Preachers cantando Umbrella. Me diverti muito ouvindo esse disco. Acho que a melhor versão deve ser o acústico do Get Cape Wear Cape Fly para D.A.N.C.E. do Justice, mas Bleeding Love naversão dos Wombats não sai da minha cabeça.

quarta-feira, março 26, 2008

O show do Interpol em BH foi melhor que o de SP, mas os dois foram foda.

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Acabei não encontrando a maioria das pessoas em BH. A ainda no início da semana fui no médico por que estava com uma dor nas costas e ele mandou que eu tomasse uma semana de relaxante muscular. Até aí beleza, mas o remédio, nos primeiros dias me fez capotar. Eu tomava o remédio e apagava até mais ou menos a hora do próximo comprimido. Só lá pro sexta eu comecei a conseguir ficar mais acordada. Em todo caso eu não estava lá me sentindo muito bem, independentemente do remédio, e no sábado saiu o resultado do meu exame de urina que dizia que eu estava com uma infecção urinária e comecei a tomar Ciprofloxacino, que fode meu estômago. Ah! Também voltei pra casa trazendo uma indicação de fisioterapia por causa do meu joelho (mas o médico falou que como o problema ainda está no início, posso tentar resolver com Pilates). Feriadão, né?

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Não sei se comentei com alguém, mas minha avó foi operada ontem para retirar um tumor. Câncer de mama. Passei o dia preocupada, mas ontem à noite até consegui falar com ela. Correu tudo bem e ela nem precisou passar a noite no hospital, já dormiu em casa. Agora vai ter que fazer algumas sessões de radioterapia, mas não precisará fazer quimio. Parece que depois dos 50 ou 60 anos, não tenho certeza agora, os câncers de mama são BEM menos agressivos. Menos mal. Confesso que dormi mais tranqüila.

terça-feira, março 11, 2008

How are things on the west coast?

Amanhã é o show do Interpol! Interpol! E eu vou! E na verdade nem é mais amanhã, já é hoje...

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Sábado eu chego em BH e passo a semana inteira por lá.
Quem quiser fazer alguma coisa é só me dar notícia.
Já saiu a programação do Campeonato de Surfe???

sexta-feira, março 07, 2008

Eu decidi que este seria o semestre do alemão. Praticamente todas as minhas matérias são do alemão esse semestre. Língua Alemã III, Língua Alemã III - Produção e Recepção de Textos, Tradução: A Cultura Alemã Exemplificada em Textos e Conversação em Língua Alemã I. Estou esperando a resposta quanto a minha matrícula em Tradução Comentada do Alemão I. Só pra completar a grade eu também faço Fonologia: Descrição e Análise e Tradução Comentada do Inglês. Português? Só Sintaxe do Português I, por que eu sempre me diverti fazendo análises sintáticas. Além disso tem o Alemão no Campus, as aulas de Japonês com o Roger, a natação e o boxe. E as aulas de Espanhol com o Di que ainda estão no limbo.

Acho que este será um semestre cheio...


Edit: Já estou matriculada em Tradução Comentada do Alemão! Eba!

terça-feira, fevereiro 26, 2008

O clima churrasco na laje da tarde de ontem na Letras, parte da recepção aos calouros foi bem divertido, mesmo eu não participando do futebol de sabão, por que ia ter aula à noite. Pena que acabou cedo e a gente teve que ir pra ECA depois. E por sinal a tapioca da ECA é simplesmente a melhor, mesmo eu já tendo me empanturrado de churrasquinhos na Letras.

domingo, fevereiro 24, 2008

Eu gosto muito de São Paulo e tal, mas ando sentindo muita saudade das cidades com "B". Belo Horizonte e Berlim.



Mas a água de Berlim definitivamente não era boa para os meus cabelos.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Alguém me explica que calor é esse????

sábado, fevereiro 16, 2008

Mesmo sabendo que era só um sonho, eu quis acreditar que poderia ficar no paraíso.
Agora a realidade está me chamando de volta pra casa.
As malas estão quase prontas.
Alguns pedaços do coração partido conseguirão o que queriam, ficar aqui, por que nunca é possível catar todos os cacos.
Isso na verdade é meio bom. Meio reconfortante. Pensar que pelo menos algo de mim ficará para sempre aqui.
Mas foi bom sonhar, sentir, ousar e me reinventar.
E não precisam sentirem-se trocados, meus amigos.
A saudade é grande. E se há a parte que chora com a partida. Há também a que anseia o lar e se alegra com o retorno.


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Ps. Aos que um dia passarem por aqui, eu recomendo não perderem a chance de andar no U2. Além de passar por vários dos pontos históricos de Berlim, passar por Prenzlauerberg, onde há uma intensa vida noturna, coisas interessantes acontecem por lá. Ontem tinha um casal sentado, abraçado, semi-cochilando, num sofá. No meio do trem.

domingo, fevereiro 10, 2008

Tudo bem que meu alemão não é lá grandes coisas, mas outro dia, ou melhor, outra noite, plena greve de U-Bahn e ônibus, eu andando até a estação de S-Bahn que é meio longinha, me para um ciclista e me pergunta alguma coisa que não consegui entender. Não sei se foi o susto do ciclista parar do meu lado na rua escura, ou simplesmente o quão inusitada era a sua pergunta. Só depois que o cara já tinha ido embora que eu entendi que ele queria saber se eu tinha creme para as mãos. Tudo bem que o frio acaba mesmo com as mãos, mas parar pessoas aleatórias pra pedir hidratante é meio demais, não?




Pior que isso, acho que só mesmo ir pra festa com pessoas que você conheceu no U-Bahn às duas da manhã...

terça-feira, janeiro 22, 2008

Pensamentos aleatórios

Eu já tinha aceitado a idéia de que no futuro serei só eu e meus gatos. Me acostumei com a idéia de que as crianças poderiam pensar em mim como "a mulher dos gatos". Acontece que o meu corpo parece não ter gostado tanto assim da idéia e resolveu desenvolver alergia aos pobres coitados e lindos gatos. Então parece que serei só eu mesma.

E eu continuo adorando gatos.

Mas aqui todo mundo tem cachorros e eu tenho medo de cachorros. Mas por algum motivo, quando vejo os punks com seus cachorros na estação do U-Bahn, e há muitos punks com cachorros nas estações, eu não sinto medo. E os cachorros geralmente são grandes e muitas vezes não estão na coleira.

Mas eu ainda queria um gato.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

O blog tá abandonado, eu sei.
Mas é que eu tenho mais coisas pra mostrar que falar.
Ou o que tenho pra falar precisa das fotos pra acompanhar.
O que não tem foto, é o que quero guardar pra mim.

Melhor acompanharem tudo no meu álbum do multiply ou no flog.

Mais estranha que a sua simpatia  © Blogger template por Emporium Digital 2008

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